Você já ouviu falar na cadência feminina? Tenho certeza que você faz uso dela e nem sabe.
A cadência feminina ocorre com o acorde de I na segunda inversão aproveitando o baixo, que é a própria dominante, formando o acorde de V ou V7 no estado fundamental.

Meu primeiro exemplo é a primeira Canção Sem Palavra do Mendelssohn Op.19.
No primeiro membro de frase ele usa a cadência feminina, veja a análise com uma redução textural.

Outro bom exemplo é o quarto movimento da sinfonia N.40 do Mozart.

Essa cadência é tradicionalmente chamada de cadência seis quatro. Leva esse nome exatamente pelo fato do acorde do I estar na segunda inversão.
Outro nome, e na verdade a cadência feminina é só uma variação, é a cadência à dominante. E caso você esteja se perguntando se tem a masculina, a resposta é sim. A diferença é que na masculina o acorde do V é no tempo forte, sem o I invertido.
Essa cadência soa quase como o famoso acorde sus. Entretanto, na análise, geralmente se coloca uma chave e diz que é tudo dominante, já que ela é uma cadência à dominante.
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